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Billie Joe Armstrong, da banda "Green Day" fala sobre Harry Potter.


Enquanto se preparava para a etapa de Washington, DC da turnê dos EUA nesta semana, o vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong do grupo de rock "Green Day" tinha algumas metáforas bem escolhidas a serem observadas a respeito do atual clima político americano e como a geração mais jovem prevalecerá.

Numa entrevista recente para a revista Rolling Stone, Billie foi questionado se estava com medo do futuro dos seus filhos, no qual ele respondeu:

Bem... Eu olho para meus filhos como a Geração de Harry Potter. Há um senso de justiça nisso, ao derrotar Voldemort. É um conto clássico do bem contra o mal. Para ter um modelo como Harry Potter que diz que você pode derrotar o mal, mas ainda ser um ser humano complicado. Isso me dá muita esperança.

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Mas se me permitem um pequeno adendo, vale salientar que sim, ainda há motivos para nos preocuparmos.

Mesmo que as gerações mais recentes, sejam como a geração de personagens que ao lado de Harry Potter, assumiram suas posições na Batalha de Hogwarts, e consequentemente, contra Voldemort; ainda haverão os que mesmo conhecendo a mensagem moral inserida na saga, escolherão posicionar-se do outro lado. A prova disso é o crescente (e assustador) número de leitores e fãs de Harry Potter que assumiram suas posições a favor do "presidente" Donald Trump, por se dizerem "patriotas", e passam horas rebatendo as críticas da autora J.K. Rowling contra ele no Twitter.

Trazendo para um pouco mais próximo da nossa realidade, basta que observemos o número crescente de jovens brasileiros, que mesmo mantendo um contato de médio/alto grau com a saga, e com a mensagem moral inserida nela, decidiram tomar partido de "representantes" como o Jair Bolsonaro por exemplo.

Sei que é difícil pensar: como alguns fãs de Harry Potter, podem assumir um posicionamento tão sombrio e irracional? Mas é válido para que possamos refletir, discutir, problematizar, e que possamos seguir confiantes de que em algum momento no processo de vivência, essas pessoas possam abrir seus olhos e se posicionarem contra a opressão, o preconceito, e que possam lutar pelo bem comum.

Billie e J.K. Rowling optaram pela esperança, e é por ela que devemos optar também.

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Eu juro solenemente não fazer nada de bom.

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