A Psicologia Mágica: as casas de Hogwarts e personalidades.
Este pequeno artigo é um esboço de um conteúdo que merece uma análise mais aprofundada, logo, parte de inferências sobre o mundo mágico de J.K. Rowling baseadas em conceitos científicos vindos da psicologia.
Sabemos que cada indivíduo é único, cada um tem suas particularidades, peculiaridades, visão de mundo e modo como vai reagir a essa sua visão e às situações que lhes são impostas. Então surge a seguinte pergunta: como então formamos grupos de afinidades? Como nos reunimos com pessoas que possuem a “mesma” visão de mundo, se ela são diferentes?
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Calma! Temos aqui sua resposta! Apesar de cada indivíduo ser uma galáxia singular, ainda assim temos aproximações de nossas personalidades. Usando uma metáfora, podemos dizer que a Via Láctea é diferente de Centaurus, mas possuem semelhanças em planetas habitáveis (existe a possibilidade da galáxia de Centaurus possuir planetas habitáveis), diferente de outras galáxias.
Distanciando-se da complicação metafórica e filosófica do assunto, vamos
focar um pouco na figura do famoso Carl Gustav Jung e posteriormente as
professoras/cientistas Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs
Myers.
- Intuitivo Extrovertido (Ne): As pessoas intuitivas extrovertidas são muito ativas e inquietas.
- Intuitivo Introvertido (Ni): pessoas que quase “adivinham” o que os outros pensam, sentem ou se dispõem a fazer.
- Perceptivo Extrovertido (Se): Os indivíduos perceptivos extrovertidos têm uma fraqueza especial por objetos.
- Perceptivo Introvertido (Si): Colocam uma ênfase especial nas experiências sensoriais: dão muito valor à cor, à forma, à textura e etc.
- Sentimental Extrovertido (Fe): pessoas com grande habilidade para entender os outros e para estabelecer relações sociais.
- Sentimental Introvertido (Fi): pessoas solitárias e com grande dificuldade para estabelecer relações com os outros.
- Pensante Extrovertido (Te): indivíduos cerebrais e objetivos, que atuam quase exclusivamente na base da razão.
- Pensante Introvertido (Ti): pessoa com grande atividade intelectual, que, no entanto, tem dificuldade para se relacionar com os outros.
Em 1920 as cientistas Katharine Cook Briggs e sua filha Isabel Briggs Myers adicionaram mais dois tipos personalisticos (chamados de táticas) que vão direcionar a configuração dos demais, são eles:
- Julgador (J): Pessoas que preferem planejamentos, clareza e objetividade.
- Explorador (P): Pessoas não-conformistas que preferem explorar as situações e manter sua mente (e opções) abertas.
Além desses direcionadores elas também incluirão identidades que serão usadas pelos indivíduos:
- Assertivos (-A): Recusam-se a se preocupar demais. Mantendo sua autoconfiança e sendo resistentes ao estresse.
- Turbulentos (-T): São motivados pelo sucesso e experimentam uma gama de emoções. Mantendo sua autoconsciência e são sensíveis ao estresse.
Neste momento temos a configuração de uma nova teoria, a qual define que o indivíduos podem possuir 16 tipos de personalidade e não apenas 8 como existia na teoria de Jung. Essa teoria é chamada de Myers-Briggs Type Indicator (ou MBTI para os familiarizados). Elas vão dividir os 16 tipos em 4 grandes categorias: Analistas, Diplomatas, Sentinelas e Exploradores.
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Agora vocês perguntam: Mas o que essas 16 personalidades tem a ver com o Universo Mágico da J.K. Rowling? Bom, acredito que vocês já perceberam as similaridades: 16 tipos de personalidades divididos em 4 grandes categorias. Isso lembra algo? Exatamente! As 4 casas de Hogwarts.
Muito possivelmente nossa querida e controversa autora levou em consideração aspectos primários e secundários de nossa personalidade para nos introduzir nas casas. Por exemplo, personalidades dadas como “sentimentais” teriam mais chances de entrar na Lufa-Lufa, porém, dependendo se sua configuração secundária, poderiam muito bem entrar na Grifinória, Sonserina ou Corvinal.
Lembram que o Chapéu Seletor leva em consideração o que você pensa bem como, vez ou outra, ocorre um evento chamado ‘Hatstall’? é justamente neste momento que se configura a “dúvida” do Chapéu.
O que é mais forte em nossa personalidade? Como reagiríamos num momento que NÃO é permitido reflexão? Como reagiríamos num momento que É permitido reflexão? Essas dúvidas não colocam em cheque nossa lealdade à casa que fomos postos, mas mostram justamente o que a autora gostaria de nos passar: temos todas personalidades das casas de Hogwarts dentro de nós.
Como diria a teoria da Gestalt: antes de compreender as “partes”, é preciso compreender o “todo”. Logo, o que seria o todo senão a união de todas as casas? Hogwarts é o todo e, apesar do Chapéu separar-nos, temos um todo dentro de nossa parte.
“Antigamente quando eu era novo
E Hogwarts apenas alvorecia
Os criadores de nossa nobre escola
Pensavam que jamais iriam se separar: Unidos por um objeto comum,
Acalentavam o mesmo desejo,
Ter a melhor escola de magia do mundo
E transmitir seus conhecimentos.
“Juntos construiremos e ensinaremos!”
Decidiram os quatro bons amigos.”
Referências
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Eu juro solenemente não fazer nada de bom.